Como fazer o gerenciamento de custos com PMBOK
21 min de leitura | 12 de fevereiro 2020Se você está prestes a embarcar em um novo projeto ou, ainda, deseja aprimorar suas habilidades de gerenciamento, o PMBOK é uma ferramenta essencial que você não pode ignorar. Por isso, neste artigo, vamos explorar o fascinante universo do Project Management Body of Knowledge (PMBOK) e, ao mesmo tempo, desvendar os mistérios por trás do gerenciamento de custos — uma das áreas mais estratégicas da gestão de projetos.
Afinal, a ideia central é controlar as finanças de forma eficiente, a fim de garantir um bom desempenho para o projeto como um todo. Da mesma forma que em outras etapas do PMBOK, é possível — e altamente recomendável — utilizar recursos específicos para consolidar um desempenho financeiro diferenciado, com base em dados e previsões bem estruturadas.
Portanto, ao longo do artigo, você entenderá com mais clareza como aplicar os conhecimentos e práticas do PMBOK para realizar o gerenciamento de custos diretos e indiretos do seu projeto — desde a estimativa inicial até o controle e monitoramento contínuos.
O que é PMBOK?
Antes de mergulharmos nas águas mais profundas do gerenciamento de custos, é fundamental, antes de tudo, compreender o que é o PMBOK — especialmente se você deseja aplicar seus princípios em um software de gestão. O termo é uma sigla para Project Management Body of Knowledge, ou, em português, Corpo de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos.
Trata-se de um guia amplamente reconhecido e constantemente atualizado pelo Project Management Institute (PMI), uma das instituições mais respeitadas do mundo na área de gestão. Nele, você encontra um conjunto estruturado das melhores práticas, processos, terminologias, áreas de conhecimento e ferramentas indispensáveis para liderar projetos com eficiência e previsibilidade.
Além disso, o PMBOK funciona como uma bússola estratégica para profissionais que desejam navegar com segurança pelas etapas de um projeto — desde o início até a entrega final. Ao seguir suas diretrizes, gestores conseguem não apenas padronizar suas ações, mas também tomar decisões mais embasadas, especialmente quando utilizam essas práticas em conjunto com um bom software de gestão.
Quais são as 5 etapas do PMBOK?
As 5 etapas do PMBOK, também chamadas de grupos de processos, são fundamentais para orientar o gerenciamento de projetos de maneira eficaz e estratégica. Juntas, elas formam um ciclo que ajuda a estruturar, monitorar e ajustar cada fase do projeto com mais clareza e controle.
Por isso, antes de aprofundarmos na aplicação prática com o apoio de um software de gestão, é importante entender brevemente o papel de cada uma dessas etapas:
1. Iniciação
Tudo começa nesta fase, onde o projeto é oficialmente autorizado e ganha forma. É o momento de identificar os objetivos principais, mapear os stakeholders envolvidos, compreender as restrições existentes e avaliar a viabilidade geral da iniciativa. Além disso, o gerente de projetos começa a formar sua equipe e a construir uma visão clara sobre o escopo e as expectativas. Esse alinhamento inicial é essencial para evitar ruídos ao longo da jornada.
2. Planejamento
Na sequência, vem a etapa mais estratégica: o planejamento. Aqui, o projeto é desenhado em detalhes — o que inclui desde a definição do escopo até a criação de um cronograma realista, passando pela alocação eficiente de recursos, a identificação de riscos potenciais e, sobretudo, o gerenciamento de custos. É essa estrutura que servirá como guia para todas as ações futuras. Portanto, quanto mais preciso for o planejamento, maiores as chances de sucesso na execução.
Leia também: Erros na gestão de cronogramas: como evitar
3. Execução
Com o plano em mãos, é hora de colocar tudo em prática. Durante a execução, a equipe realiza as atividades previstas, entrega os produtos intermediários e responde aos marcos estabelecidos. Enquanto isso, o gerente de projetos atua de forma ativa, garantindo uma comunicação clara entre os envolvidos, removendo obstáculos e monitorando o progresso para manter tudo dentro do planejado. Em outras palavras, é o momento de transformar planejamento em ação.
4. Monitoramento e controle
Essa etapa acontece em paralelo à execução e serve para garantir que o projeto esteja avançando de forma saudável. Ao monitorar indicadores, comparar o desempenho real com o que foi planejado e aplicar medidas corretivas quando necessário, o gerente de projetos mantém o controle da operação. Especialmente aqui, o gerenciamento de custos assume papel central, ajudando a evitar estouros de orçamento e assegurando que os recursos sejam utilizados de forma eficiente.
5. Encerramento
Por fim, chega o momento de concluir o projeto de forma organizada e assertiva. O encerramento envolve a entrega oficial do produto ou serviço, a validação junto ao cliente, o encerramento dos contratos e a análise dos resultados alcançados. Além disso, a equipe revisa todo o processo, documenta as lições aprendidas e formaliza o fechamento do projeto. Essa etapa é decisiva para consolidar aprendizados e elevar o nível de maturidade da equipe para os próximos desafios.
Quais as 10 áreas do PMBOK?
As 10 áreas de conhecimento do PMBOK representam diferentes dimensões que os gerentes de projeto precisam considerar, conectar e equilibrar ao longo de todo o ciclo de vida do projeto. Cada uma dessas áreas abrange práticas específicas, e, quando integradas de forma inteligente, contribuem para que os objetivos sejam alcançados com mais eficiência e menos riscos.
A seguir, vamos explorar brevemente o papel de cada uma delas:
1. Gestão da integração
Primeiramente, essa área trata da coordenação geral do projeto. O objetivo é garantir que todas as partes — desde processos até pessoas — funcionem de maneira coesa, evitando retrabalhos e lacunas. Com isso, o projeto flui de forma mais integrada e controlada, desde o início até o encerramento.
2. Gestão do escopo
Em seguida, temos a gestão do escopo, que é responsável por definir com precisão o que será entregue. Isso inclui tanto o que está dentro quanto o que está fora do projeto, evitando expectativas desalinhadas. Assim, garante-se que os resultados estejam sempre conectados aos objetivos estratégicos.
Continue lendo sobre este tema em: Guia completo do escopo do projeto: como fazer o gerenciamento!
3. Gestão do tempo
Logo depois, entra em cena a gestão do tempo, essencial para planejar, organizar e controlar o cronograma. Essa área assegura que as atividades sejam concluídas dentro dos prazos estipulados, contribuindo para uma execução pontual e bem coordenada.
4. Gestão dos custos
Aqui, o foco está em planejar, estimar, orçar e controlar os custos envolvidos no projeto. Ao manter o orçamento sob controle, essa área garante que os recursos financeiros sejam bem aplicados — e que as decisões sejam tomadas com base em dados concretos.
5. Gestão da qualidade
A qualidade também merece atenção especial. Esta área busca garantir que os entregáveis estejam de acordo com os padrões definidos, evitando retrabalhos, falhas técnicas e insatisfação do cliente. Para isso, utiliza indicadores e critérios bem estabelecidos.
6. Gestão de recursos humanos
Além de processos e ferramentas, projetos são feitos por pessoas. Por isso, essa área envolve selecionar, desenvolver e engajar a equipe do projeto. Uma equipe bem gerida é capaz de entregar mais e com melhor clima organizacional.
7. Gestão das comunicações
A comunicação é o fio condutor da gestão. Por isso, esta área cuida do fluxo de informações entre todos os envolvidos, promovendo alinhamento, transparência e agilidade nas tomadas de decisão. Desde e-mails até relatórios técnicos, tudo deve ser bem estruturado.
8. Gestão dos riscos
Ao considerar possíveis ameaças e oportunidades, essa área atua na identificação, análise e resposta aos riscos. Com isso, é possível se antecipar a problemas, reduzir impactos negativos e até aproveitar situações favoráveis.
Saiba mais em: Gestão de riscos: como fazer de forma simples
9. Gestão das aquisições
Nem tudo é feito internamente. Por isso, a gestão das aquisições trata da compra e contratação de recursos externos, como fornecedores, serviços ou materiais. Essa área garante que as aquisições sejam feitas com qualidade, dentro do prazo e com boa negociação.
10. Gestão das partes interessadas
Por fim, essa área cuida da identificação, análise e engajamento dos stakeholders. A ideia é garantir que todas as partes interessadas estejam consideradas, respeitadas e alinhadas com os objetivos do projeto — o que reduz conflitos e aumenta a adesão.
Se você deseja se aprofundar no que diz respeito a como identificar, mapear e manter o engajamento dos stakeholders ao longo do projeto, vale a pena conferir este o artigo: Partes interessadas em um projeto: o que são, tipos e como gerenciar. Ele traz dicas práticas e exemplos reais para fortalecer esse aspecto essencial da gestão.
Por que o PMBOK é importante para a gestão de projetos?
Adotar o PMBOK em software de gestão vai muito além de seguir um manual técnico. Essa estrutura orienta decisões, alinha equipes e promove uma gestão mais estratégica, especialmente em projetos que exigem controle de prazos, orçamentos e qualidade. Seu valor está justamente na padronização de processos e na aplicação de práticas consolidadas, que ajudam a transformar a complexidade em organização.
A seguir, entenda os principais motivos pelos quais o PMBOK se tornou referência mundial para líderes e gestores de projetos em diferentes setores:
1. Padronização global
Em primeiro lugar, o PMBOK fornece uma estrutura padronizada e reconhecida internacionalmente, o que é essencial em um cenário cada vez mais globalizado. Projetos com equipes distribuídas em diferentes países e culturas se beneficiam de uma linguagem comum, que facilita a colaboração e reduz ambiguidades.
2. Melhores práticas
Além disso, o PMBOK reúne melhores práticas consolidadas por profissionais experientes ao redor do mundo, em diversos setores da economia. Isso permite que organizações adotem abordagens testadas e otimizadas, aumentando significativamente as chances de êxito nos projetos.
3. Redução de riscos
Outro ponto forte está na estrutura robusta para identificação, análise e resposta a riscos. Ao seguir as diretrizes do PMBOK, as equipes conseguem se antecipar a problemas e reduzir o impacto de eventos inesperados, promovendo maior estabilidade e segurança nas entregas.
Leia também: Custos invisíveis em projetos: como identificar e mitigar riscos ocultos
4. Comunicação eficaz
O guia também estabelece uma linguagem padronizada para a gestão de projetos, facilitando a comunicação entre todos os envolvidos — desde executores até partes interessadas. Isso garante que objetivos, responsabilidades e resultados estejam sempre alinhados.
5. Foco na qualidade
Além de tempo e custo, o PMBOK dedica atenção especial à qualidade das entregas. Seus processos ajudam a definir critérios claros e a monitorar o desempenho, o que resulta em produtos ou serviços com mais valor para o cliente e menos retrabalho para a equipe.
6. Melhoria contínua
Outro diferencial está no incentivo à melhoria contínua. As lições aprendidas são documentadas, analisadas e reutilizadas em projetos futuros, contribuindo para o amadurecimento da organização e o refinamento das práticas de gestão.
7. Eficiência operacional
Ao integrar áreas como escopo, tempo, custo e recursos, o PMBOK possibilita maior eficiência operacional. Isso significa otimizar esforços, evitar desperdícios e alcançar os resultados esperados dentro do prazo e orçamento definidos.
Continue se aprofundando no tema em: Eficiência operacional: o que é e como obter no seu negócio!
8. Credibilidade profissional
Por fim, utilizar o PMBOK fortalece a credibilidade dos profissionais e equipes envolvidas. Certificações como a PMP (Project Management Professional), baseadas nesse guia, funcionam como um selo de competência e aumentam a confiança em lideranças técnicas e estratégicas.
Compreender a importância dessas diretrizes é o primeiro passo para aproveitar ao máximo as funcionalidades de um software de gestão integrado. E mais: ao aplicar os princípios do PMBOK no controle financeiro, os líderes têm a oportunidade de fortalecer a gestão de custos, tomar decisões com mais embasamento e garantir a saúde econômica de cada projeto.
No próximo tópico, vamos entender como o PMBOK trata especificamente a gestão de custos — e por que essa área pode se tornar um diferencial competitivo quando bem estruturada.
Por que adotar o gerenciamento de custos do PMBOK?
Adotar o gerenciamento de custos previsto no PMBOK não apenas contribui para o controle financeiro do projeto, como também oferece uma série de outras vantagens estratégicas. Em primeiro lugar, essa etapa promove a integração direta entre o planejamento do projeto e o controle dos custos previstos e realizados. Dessa forma, as decisões se tornam mais embasadas, ágeis e eficazes ao longo de toda a execução.
Além disso, o PMBOK reúne um conjunto de boas práticas amplamente reconhecidas, que contribuem para a padronização dos processos e para o alcance de resultados consistentes. Ao utilizá-lo como referência, os gestores reduzem significativamente os riscos de erros, desperdícios e desvios orçamentários — e, como consequência, conseguem alcançar um patamar mais elevado de qualidade e confiabilidade nos projetos.
Como fazer o gerenciamento de custos com o PMBOK?
Para aplicar o PMBOK em software de gestão de forma eficiente, é essencial entender como suas diretrizes se traduzem na prática. Quando falamos de gerenciamento de custos, isso significa adotar processos estruturados, com ferramentas específicas que ajudam a garantir o cumprimento do orçamento, a previsibilidade dos gastos e a tomada de decisões baseadas em dados reais.
Portanto, para executar o gerenciamento de custos corretamente, é necessário seguir os quatro passos fundamentais propostos pelo guia. A seguir, veja como cada etapa contribui para o sucesso financeiro do seu projeto — e quais ferramentas podem ser utilizadas em cada uma delas:
1. Planejamento do gerenciamento de custos:
Antes de qualquer ação prática, é fundamental definir como os custos serão gerenciados ao longo do projeto. Esse plano orienta todas as próximas etapas e garante que o controle financeiro esteja integrado ao planejamento estratégico.
Essa fase envolve:
- Consolidação de dados: inicialmente, reúna informações com base no escopo do projeto e nos ativos organizacionais existentes;
- Análise de dados: em seguida, utilize métodos analíticos para entender melhor os requisitos financeiros e prever possíveis variações;
- Reuniões com stakeholders: por fim, conduza encontros com as partes interessadas para alinhar expectativas e captar informações relevantes para a estruturação do plano.
Leia também: Stakeholders e comunicação: como criar rituais e relatórios que engajam
2. Estimativa dos custos:
Depois de planejar, é hora de estimar os valores envolvidos em cada parte do projeto. Essa etapa permite visualizar os recursos necessários e prever o impacto financeiro de cada atividade.
Inclui:
- Utilização do plano elaborado: as estimativas devem se basear diretamente no plano de gerenciamento de custos;
- Estimativas diversificadas: considere diferentes técnicas, como estimativas análogas, paramétricas ou de três pontos, para maior precisão;
- Apresentação dos resultados: organize os dados de forma clara e alinhada ao escopo, facilitando o entendimento de todos os envolvidos.
3. Criação do orçamento:
Com as estimativas em mãos, é possível consolidar todas as informações em um orçamento detalhado. Essa etapa transforma os dados em números concretos e acionáveis.
Ela permite:
- Definir um valor específico: estabelecer o custo total estimado para a execução do projeto;
- Dividir por fases ou setores: criar categorias orçamentárias que facilitem o controle por etapa ou área de atuação;
- Estabelecer limites e reservas: definir limites de uso para cada recurso e criar margens de segurança para cobrir eventuais imprevistos.
4. Controle dos Gastos:
Por fim, durante a execução, é essencial acompanhar e controlar os gastos em tempo real. Isso garante que o projeto permaneça dentro do orçamento ou, se necessário, seja ajustado de forma estratégica.
Esse processo inclui:
- Acompanhamento contínuo: verifique regularmente os gastos reais em comparação ao que foi orçado;
- Uso de dados de desempenho: utilize indicadores financeiros para analisar desvios e tendências;
- Tomada de decisões sobre viabilidade: com base nessas análises, avalie a necessidade de revisões orçamentárias ou replanejamento de recursos.
Com esses quatro passos, o gerenciamento de custos segundo o PMBOK deixa de ser uma tarefa abstrata e se torna um processo claro, rastreável e eficiente. Principalmente quando apoiado por um software de gestão integrado.
Saiba como em: PMBOK em software de gestão: como adotar na prática
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Em resumo, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK) não é apenas um guia — é uma estrutura essencial para quem deseja conduzir projetos com mais clareza, controle e eficiência. Ao reunir as melhores práticas, processos bem definidos e ferramentas reconhecidas internacionalmente, o PMBOK funciona como uma bússola segura para navegar pelos desafios complexos da gestão moderna.
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E se quiser entender melhor como o PMI e suas certificações se relacionam com o mercado de projetos, recomendamos também este conteúdo complementar: O que é PMI? Entenda o papel da instituição na sua carreira