Gestão Financeira

Gestão financeira para PMEs: estratégias práticas para organizar e crescer

13 min de leitura | 18 de outubro 2022

De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado em março pelo SEBRAE, 46% dos brasileiros desejam empreender. Contudo, os números revelam um cenário preocupante: 80% das micro e pequenas empresas fecham antes de completar o primeiro ano e, entre as que resistem, 60% não chegam ao quinto ano.

Mas qual é a principal causa desse problema? A ausência de gestão financeira estruturada. Afinal, nenhuma empresa consegue sobreviver em meio ao descontrole do dinheiro. Embora todas as áreas sejam relevantes, sem finanças organizadas nenhuma delas se sustenta.

Portanto, neste artigo você vai encontrar dicas práticas e fundamentais para fortalecer a gestão financeira em pequenas e médias empresas.

 

O que é gestão financeira, afinal?

Antes de aplicar as dicas, é essencial compreender o que realmente significa gestão financeira. Em resumo, trata-se de um conjunto de ações de planejamento, controle e execução de todas as atividades que envolvem recursos financeiros.

E, como você pode imaginar, praticamente tudo dentro de uma empresa envolve dinheiro. Cada entrada, cada saída, cada decisão de investimento ou projeção de crescimento passa por esse processo. Por isso, desenvolver uma gestão financeira sólida é indispensável para garantir estabilidade e crescimento sustentável.

Leia também: Gestor financeiro – como contratar e quando você precisa de um

 

Equipe reunida em mesa de trabalho avaliando relatórios e indicadores financeiros
A gestão financeira ganha força quando é discutida em equipe e integrada às estratégias do negócio.

 

 

Dicas de gestão financeira para pequenas e médias empresas

Manter a saúde financeira de um negócio exige disciplina, visão estratégica e constância. Por isso, veja a seguir quais são os principais cuidados que você deve adotar para garantir uma gestão financeira sólida em pequenas e médias empresas.

 

1. Conheça as três frentes de gestão

De acordo com o SEBRAE, a gestão financeira se organiza em três frentes complementares que precisam caminhar juntas.

Em primeiro lugar, está a gestão de caixa no dia a dia, responsável por registrar todas as entradas e saídas relacionadas às operações rotineiras. Nesse grupo entram, por exemplo, pagamentos de funcionários, fornecedores, tributos, contas fixas e recebimentos pelos serviços ou produtos.

Em segundo lugar, temos a gestão de investimentos, voltada para decisões de crescimento e expansão, como a compra de equipamentos, a abertura de novas filiais ou até mesmo a contratação de novos times.

Finalmente, existe a gestão de crises, que precisa lidar com situações delicadas, como dívidas ou renegociações. Embora muitos empreendedores deixem essa frente em segundo plano, ela é crucial para garantir a sobrevivência do negócio em cenários adversos.

Portanto, considerar essas três frentes desde o início é um passo essencial para estruturar corretamente o setor financeiro.

 

2. Separe as finanças da empresa das finanças pessoais

Outro cuidado indispensável é manter total separação entre o que é pessoal e o que pertence ao negócio. Ainda que isso pareça óbvio, muitos fundadores acabam misturando contas e se perdem no controle.

Assim, pagamentos corporativos nunca devem ser feitos na conta pessoal, e vice-versa. Quando isso acontece, o gestor perde completamente a clareza sobre a real situação da empresa.

Por isso, a melhor prática é abrir uma conta jurídica já na fundação do negócio e, a partir de então, manter disciplina para separar todas as movimentações financeiras. Dessa maneira, você conquista mais transparência e evita confusões que podem comprometer o caixa.

 

3. Defina um pró-labore

Definir um pró-labore está diretamente ligado à separação das contas. Esse valor funciona como o salário do dono e deve ser retirado mensalmente da empresa para a conta pessoal.

Além disso, manter regularidade no pró-labore evita retiradas excessivas ou aleatórias. Caso seja necessário, você pode renegociar o valor em situações específicas, como crises financeiras. Da mesma forma, quando a empresa cresce, é possível ajustar esse valor de forma planejada.

Portanto, discipline-se para respeitar o pró-labore, pois ele garante equilíbrio entre as contas pessoais e empresariais.

 

4. Monte um planejamento financeiro

O planejamento financeiro é o mapa que orienta o futuro da empresa. Ele deve fazer parte do plano de negócios e definir objetivos de curto, médio e longo prazo.

Sem esse direcionamento, como tomar decisões assertivas? Afinal, se você não sabe aonde quer chegar, qualquer escolha pode desviar sua rota.

Além disso, o planejamento funciona como guia para avaliar o andamento da empresa. É por meio dele que você consegue verificar se o fluxo de caixa, a margem de lucro e os resultados financeiros estão dentro do esperado.

 

5. Crie uma reserva financeira

Como imprevistos são inevitáveis, toda PME precisa de uma reserva financeira. Essa prática faz parte da gestão de crises e deve estar prevista desde o planejamento.

Guardar mensalmente uma quantia, mesmo que pequena, garante fôlego para lidar com eventualidades sem comprometer toda a operação. Em outras palavras, a reserva funciona como um escudo de proteção contra surpresas que poderiam colocar a empresa em risco.

 

6. Controle o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é o coração da gestão financeira. Sem ele, fica impossível entender a real saúde do negócio.

Documente todas as entradas e saídas com frequência, de forma minuciosa. Isso permite prever despesas recorrentes, antecipar gargalos e manter o saldo positivo. Além disso, quando integrado a sistemas de vendas, o fluxo de caixa também auxilia no controle do estoque.

Portanto, atualize-o regularmente e utilize ferramentas digitais para garantir precisão e agilidade nesse processo.

Profissional observando gráficos de fluxo de caixa e desempenho financeiro no notebook
Monitorar dados em tempo real ajuda a tomar decisões mais assertivas e evita surpresas no caixa.

 

7. Não abra mão da gestão de estoque

Se sua empresa trabalha com produtos, o estoque precisa ser tratado como prioridade. Comprar demais significa desperdício; comprar de menos significa perda de vendas.

A gestão de estoque fornece dados valiosos sobre quais itens têm mais saída e quais ficam encalhados. Assim, você consegue tomar decisões estratégicas e evita prejuízos.

É verdade que, às vezes, surgem imprevistos — como um produto que vira tendência de repente. No entanto, quando o estoque está sob controle, esses casos isolados têm muito menos impacto negativo.

 

8. Analise a situação constantemente

Uma boa gestão financeira não acontece apenas ao fim do mês. Pelo contrário: é preciso acompanhar os dados constantemente.

Quanto mais cedo um problema for identificado, maiores são as chances de encontrar soluções rápidas. Além disso, a análise frequente permite entender o momento exato em que as falhas começaram, trazendo clareza para corrigir os rumos.

 

9. Atente-se à emissão correta de notas fiscais

Emitir notas fiscais é uma obrigação legal e, além disso, um cuidado que evita dores de cabeça no futuro. Quando esses documentos estão organizados, sua empresa mantém os impostos em dia e fica protegida em caso de fiscalização.

Acredite: dedicar esforços para manter a emissão correta de notas é muito mais econômico do que lidar com processos ou multas.

Leia mais em: Obrigações fiscais das PMEs: conheça as principais!

 

10. Controle e faça o possível para diminuir as taxas de inadimplência

Por fim, não se esqueça de acompanhar de perto as taxas de inadimplência. Negócios precisam de clientes, mas também precisam de dinheiro entrando em caixa.

Monitore constantemente os atrasos, crie políticas de crédito bem definidas e seja proativo nas cobranças. Assim, você encontra o equilíbrio entre manter o cliente satisfeito e garantir a sustentabilidade financeira do negócio.

Aprimore sua gestão financeira com as ferramentas certas!

A boa gestão financeira não depende apenas de disciplina: ela exige também o uso das ferramentas adequadas. Afinal, controlar fluxo de caixa, organizar orçamentos, reduzir inadimplência e manter relatórios atualizados se torna muito mais simples quando você conta com recursos que automatizam processos e aumentam a produtividade.

Pensando nisso, preparamos um material exclusivo que pode ajudar você a dar o próximo passo. O e-book “Ferramentas de Gestão” reúne 15 soluções práticas que trazem mais agilidade, assertividade e eficiência para o dia a dia da sua empresa.

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FlowUp: a ferramenta ideal para a gestão financeira de PMEs

Pequenas e médias empresas enfrentam o desafio de crescer sem perder o controle das finanças.

No entanto, conciliar fluxo de caixa, emissão de notas fiscais, orçamentos, precificação e acompanhamento de projetos pode se tornar um verdadeiro obstáculo quando feito de forma manual ou em várias ferramentas separadas.

É exatamente nesse ponto que o FlowUp se destaca. Criado para simplificar a rotina de PMEs, o sistema reúne em um só lugar tudo o que sua empresa precisa:

  • Controle financeiro completo: fluxo de caixa, emissão de boletos e notas fiscais;
  • Gestão de projetos e tarefas: quadros Kanban, cronogramas Gantt e acompanhamento em tempo real;
  • Organização de clientes e fornecedores: cadastros centralizados e fácil acesso;
  • Relatórios estratégicos: dados claros para apoiar decisões mais seguras.

Ao integrar finanças, projetos e times em uma única plataforma, o FlowUp ajuda você a reduzir retrabalho, ganhar clareza e tomar decisões com confiança.

Experimente o FlowUp e descubra como a sua PME pode crescer com mais organização, eficiência e tranquilidade.

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Mulher sorridente utilizando notebook em ambiente iluminado para gerenciar as finanças da empresa
Com as ferramentas certas, a gestão financeira se torna mais leve, produtiva e eficiente.

 

Fortaleça a gestão financeira da sua PME com o FlowUp!

Como vimos, a gestão financeira é o alicerce que sustenta o crescimento de qualquer pequena ou média empresa. Ao separar finanças pessoais das empresariais, definir um pró-labore, planejar investimentos, criar uma reserva e controlar o fluxo de caixa com disciplina, você constrói bases sólidas para tomar decisões mais seguras e evitar surpresas desagradáveis.

Além disso, ao adotar ferramentas adequadas, você transforma tarefas manuais em processos automatizados, ganha clareza nos números e libera tempo para focar no que realmente importa: o crescimento sustentável do negócio.

Portanto, não deixe que a falta de organização financeira comprometa o futuro da sua empresa. Você pode começar a mudar esse cenário hoje mesmo.

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