Tendências e Curiosidades

Estilo boho na arquitetura: como aplicar em diferentes projetos

11 min de leitura | 06 de junho 2025

Em projetos arquitetônicos, não é raro haver uma tensão constante entre originalidade e padronização. De um lado, alguns clientes buscam soluções rápidas e neutras; do outro, há quem espere algo que traduza sua essência, seu estilo de vida ou até mesmo os valores de sua marca. Diante desse cenário, o estilo boho na arquitetura vem ganhando força como uma linguagem que valoriza autenticidade, liberdade e diversidade, tudo isso sem abrir mão da funcionalidade.

Além disso, mais do que uma tendência estética, o boho representa uma forma de viver e ocupar os espaços com mais subjetividade e menos rigidez. Justamente por isso, aplicá-lo em projetos comerciais e residenciais pode ser a chave para criar experiências únicas e envolventes, tanto para moradores quanto para usuários.

Durante a leitura, você vai conferir como essa abordagem se adapta ao universo da arquitetura e de que forma ela pode ser usada estrategicamente em diferentes tipos de projetos.

 

Detalhe de cesta de palha com franjas decorativas e arranjo de flores secas em jarra branca sobre prateleira.
O boho chic aposta em composições simples e afetivas, com destaque para o artesanato e os tons naturais.

 

Qual a diferença entre boho, boho chic e boho contemporâneo?

Antes de aplicar o conceito, é importante entender suas nuances — afinal, o termo “boho” vem de bohemian, referência ao estilo de vida livre, artístico e não convencional. Ao longo do tempo, esse conceito evoluiu e passou a incorporar diferentes interpretações, que influenciam diretamente as escolhas arquitetônicas.

  • Boho original: mais próximo do conceito raiz, mistura cores vibrantes, móveis antigos, tecidos étnicos e elementos artesanais com forte presença cultural.
  • Boho chic: suaviza o visual, combinando rusticidade com elegância. Utiliza tons terrosos, tecidos leves, objetos vintage e materiais naturais como palha, madeira e linho.
  • Boho contemporâneo: integra a estética boêmia com traços modernos, como linhas mais limpas, paletas neutras, soluções minimalistas e tecnologia.

Ao compreender essas variações, o profissional consegue direcionar o projeto com mais precisão, respeitando tanto a identidade do cliente quanto as necessidades funcionais do espaço. Com isso, é possível adaptar o estilo boho a diferentes contextos sem perder coerência estética nem eficiência técnica.

 

Almofadas decorativas com brilho, cestos artesanais e flores secas sobre cama com roupa de cama listrada em tons sóbrios.
A mistura de tecidos, brilhos e elementos rústicos cria contrastes acolhedores típicos do estilo boho contemporâneo.

 

Como aplicar o estilo boho na arquitetura, além da decoração?

O boho não precisa se restringir a tapetes estampados e almofadas coloridas. Muito além da decoração, quando levado à arquitetura, esse estilo pode guiar não só escolhas estéticas, mas também decisões estruturais, definições de layout, fluxos internos e usos do espaço.

Por isso, veja abaixo algumas formas práticas de aplicar o conceito na arquitetura com intenção e consistência:

1. Planta livre e integração fluida

A ideia de liberdade espacial pode ser traduzida em ambientes integrados, com divisórias leves ou multifuncionais. Dessa maneira, a circulação se torna mais natural e favorece o uso dinâmico do espaço, especialmente em projetos como studios e coworkings. Além disso, essa configuração estimula a convivência e a flexibilidade de usos, dois valores alinhados ao espírito boho.

 

2. Elementos artesanais e técnicas construtivas locais

Incorporar estruturas feitas à mão ou inspiradas em saberes tradicionais — como cobogós, taipa de pilão, pedras naturais ou tijolos aparentes — reforça a autenticidade do projeto. Adicionalmente, valoriza a cultura local, promovendo identidade e pertencimento. Esse tipo de escolha contribui para uma arquitetura mais sensível ao contexto e com maior valor simbólico.

 

3. Valorização da imperfeição e da diversidade de texturas

Em vez de superfícies perfeitas e homogêneas, o boho convida ao uso de materiais naturais com acabamentos brutos, como cimento queimado, madeira de demolição, cerâmica artesanal e ferro. Como resultado, cria-se um ambiente que foge do óbvio e ganha personalidade. Isso reforça a ideia de que beleza também está na imperfeição e na história dos materiais.

 

Quais materiais, cores e composições funcionam melhor no estilo boho?

O estilo boho aposta na mistura harmônica de elementos distintos, criando ambientes que parecem construídos com o tempo e a história das pessoas que os habitam. Justamente por isso, é essencial cuidar da paleta de cores, da escolha dos materiais e da composição dos volumes — afinal, esses aspectos são os responsáveis por manter o equilíbrio visual, mesmo diante de tanta diversidade.

Paleta de cores

Para começar, a paleta deve transmitir aconchego e naturalidade, com tons que conversam entre si e reforçam a personalidade do espaço:

  • Tons terrosos: terracota, ocre, mostarda, argila
  • Neutros quentes: areia, off-white, bege rosado
  • Contrastes pontuais: verde escuro, azul petróleo, vinho queimado

 

Materiais recomendados

Em seguida, a seleção dos materiais deve refletir texturas orgânicas e sensações táteis que convidem ao uso:

  • Madeira natural ou de reaproveitamento
  • Têxteis como linho, algodão, lã, crochê
  • Cimento queimado e cerâmica artesanal
  • Palha, rattan e fibras vegetais

 

Layouts e composições

Além disso, a composição espacial precisa ser pensada para favorecer o dinamismo visual e a fluidez entre as áreas:

  • Uso de níveis diferentes (degraus, mezaninos, nichos) para criar sensação de movimento
  • Integração entre áreas internas e externas, como varandas com plantas pendentes
  • Ambientes que combinam peças de diferentes origens, épocas e estilos, mas com uma paleta coerente para manter a harmonia

Dessa forma, o resultado final não é apenas estético, mas também sensorial e autêntico — como se cada elemento carregasse uma história.

 

Canto de sala com poltrona boho, almofadas amarelas, manta off-white e diversas plantas em vasos de fibras naturais.
Ambientes boho valorizam o conforto visual com materiais naturais, texturas orgânicas e presença marcante da vegetação.

 

Quais são os melhores exemplos do estilo boho na prática?

Aplicar o estilo boho na arquitetura pode trazer identidade a espaços comerciais e conforto afetivo a residências. Para isso, é importante entender onde esse estilo funciona melhor:

  • Residências e studios urbanos: plantas abertas, luz natural abundante, integração com áreas verdes e soluções de marcenaria artesanal.
  • Cafés e restaurantes descolados: clima descontraído, ambientes instigantes com objetos únicos e materiais que trazem história.
  • Coworkings criativos: espaços que misturam texturas, móveis reaproveitados, zonas de relaxamento e elementos biofílicos.
  • Lojas conceito: vitrines não convencionais, iluminação quente, elementos locais e atmosfera de acolhimento.

 

Como unir estilo boho e sustentabilidade nos projetos?

Embora o estilo boho dialogue naturalmente com a ideia de reaproveitamento e conexão com a natureza, é possível intensificar essa sinergia com decisões conscientes e técnicas sustentáveis. Assim, os projetos ganham propósito, além de estilo.

  • Utilizar materiais reciclados ou de origem local, reduzindo o impacto ambiental do transporte;
  • Apostar em soluções biofílicas, como jardins verticais, claraboias ou paredes verdes;
  • Integrar sistemas passivos de climatização e iluminação natural para aumentar a eficiência;
  • Reutilizar mobiliário antigo ao invés de descartar, mantendo o caráter afetivo e reduzindo desperdícios.

Com essas escolhas, arquitetura e responsabilidade caminham juntas, promovendo bem-estar e preservação ambiental.

 

Como o FlowUp ajuda a aplicar o estilo boho na arquitetura?

Projetos com identidade própria, como os que adotam o estilo boho, exigem liberdade criativa e organização estruturada. Afinal, são muitas referências, materiais, fornecedores e decisões que precisam estar alinhadas. Nesse sentido, o FlowUp se torna um aliado estratégico.

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  • Monitore prazos e fornecedores em tempo real, evitando retrabalhos e atrasos;
  • Comunique-se com fluidez com toda a equipe e com o cliente por meio de comentários vinculados às tarefas.

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O estilo boho na arquitetura é mais do que uma estética — na verdade, é uma forma de traduzir autenticidade, liberdade e conexão em cada espaço projetado. Ainda assim, para que essas ideias saiam do papel com consistência e eficiência, é essencial contar com ferramentas que não apenas organizem, mas também sustentem o processo do início ao fim.

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